Uns quilos a mais hoje, uns anos a menos no futuro.
Muito tem se falado em obesidade, suas limitações, perigos e tratamentos, mas o que pensar quando isso está ligado as nossas crianças que ainda na escola primária já sofrem de pressão arterial, colesterol elevado, diabetes, doenças articulares ... ?
A obesidade infantil e adolescente cresceu 240% nos últimos 20 anos, onde pelo menos um terço das crianças está obesa, e 75% dessas crianças serão obesas na idade adulta. Com diversas razões genéticas, ambientais e comportamentais, ainda assim o sobrepeso nas crianças é muito mais uma responsabilidade parental.
Crianças com peso excessivo, independente do seu peso corporal quando adultos, exibem um risco mais alto de enfermidades quando adultos, contribuindo para a manifestação de dislipidemias (alterações da concentração de gordura no sangue), doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras doenças crônicas.
A qualidade de vida de uma criança obesa diminui enquanto o número de respostas emocionais inadequadas aumenta. Os distúrbios de identidade estão associados a uma baixa autoestima em crianças obesas, por exemplo: o excesso de peso afeta a imagem corporal, prejudicando também a forma de pensar a respeito de si mesma, mudando seus comportamentos, causando traumas, além de aumentar suas dificuldades diárias, com preconceitos externos, como isolamento social.
ATENÇÃO !!!
Gordura não é sinônimo de saúde!!!
Pais tem mania de fazer as crianças comerem mais do que o suficiente, e esquecem-se dos alimentos saudáveis. Conforme o tempo passa é difícil mudar os costumes, e além do peso e suas comorbidades as crianças precisam enfrentar o trauma psicológico causado pela obesidade.
Vamos cuidar das nossas crianças.
Referência:
Damiani D, Carvalho DP, Oliveira RG. Obesidade na infância – um grande desafio! Pediatria Moderna 2000