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Diretrizes para o treinamento cardiaco

      Diretrizes de treinamento resistido para pacientes Cardíacos

 

      Assim como ocorre em adultos saudáveis, os pacientes cardíacos requerem um nível mínimo de esforço muscular para levar a cabo atividades associadas à vida diária, mas eles frequentemente possuem pouca força física, resistência muscular localizada, e/ou confiança para realizar estas tarefas. Programas abrangentes e reabilitação de pacientes cardíacos, entretanto, têm tradicionalmente enfatizado exercícios aeróbios dinâmicos para a manutenção cardiovascular, bem como para os conhecidos benefícios para saúde. A American Heart Association (AHA), American College of Sports Medicine (ACSM) e a American Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation (AACVPR) descreveram a importância da aptidão muscular na preparação do paciente cardíaco para retornar ao trabalho e a participar nas atividades domesticas e de lazer. Muitas destas atividades vocacionais e recreacionais exercem demandas sobre o corpo que mais intimamente se parecem com exercício resistido do que com exercício aeróbio. Portanto, parece prudente incorporar o treinamento resistido aos programas de exercícios do paciente, especialmente desde que pesquisas recentes indicam que treinamento resistido complementar promove benefícios na aptidão à saúde.

 

      Diretrizes atualizadas de treinamento resistido para pacientes cardíacos desenvolvidas pela AHA e AACVPR têm sido publicadas e são similares às diretrizes estabelecidas para adultos jovens saudáveis. As diferenças principais envolvem intensidade reduzida, progressão mais lenta das variáveis de volume de treinamento, e monitoração aumentada do paciente além da supervisão do programa. Diretrizes para pacientes cardíacos incluem a utilização de cargas mais leves desenvolvidas em 10-15 repetições ou 12-15 repetições. Embora o treinamento resistido tenha demonstrado ser um procedimento seguro em relação à precipitação de um evento cardiovascular, as recomendações variam significativamente em relação ao nível de intensidade (moderada a máxima) requerida em tais programas. Assim, parece que pacientes de baixo risco que possuem capacidades em equivalentes metabólicos (MET) maior que sete podem ser liberados para treinamento resistido intenso (10/12-15 repetições até a fadiga), enquanto pacientes de mais alto risco deveriam manter a intensidade em nível moderado (EEP≤15). Um ponto adicional a se considerar quando se prescreve programas de exercícios para pacientes cardíacos, e outros pacientes, é que a farmacoterapia (por exemplo, beta-bloqueadores) pode alterar as respostas hemodinâmicas normais ao exercício. Reconhecendo-se isto, a escala EEP desenvolvida por Borg está ganhando aceitação crescente com um método efetivo de monitoração dos níveis de esforço cardíaco do paciente durante a avaliação contra resistência e treinamento de força.

 

Fonte: GRAVES JE, FRANKLIN BA. Treinamento Resistido na Saúde e Reabilitação. Revinter; 2006, 25-26.

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